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Espetáculo Mundaréu
Não indicado para menores de 16 anos
Publicado em: 11/09/2014 por Thiago Ramos - Companhia Dois Tempos

Espetáculo Mundaréu

Direção: Alice Stefânia e Fernando Santana. Na peça, o menor Querô agoniza uma história de abandono, maus tratos e desesperança, coroados por dois tiros da polícia. Por sua vez, Dilma, a mãe, amarga saudades e culpa em relação ao filho, enquanto acumula um rol de agressões e humilhações. Com:Davi Maia, Helena Miranda, Jordana Mascarenhas, Miguel Peixoto e Thiago Ramos

   

Local: FUNARTE
Data: de 18/09/2014 a 20/09/2014

  O espetáculo é fruto da junção de dois textos do dramaturgo Plínio Marcos, "Abajur Lilás" e "Querô – Uma reportagem Maldita". Na peça, o menor Querô agoniza uma história de abandono, maus tratos e desesperança, coroados por dois tiros da polícia. Por sua vez, Dilma, a mãe, amarga saudades e culpa em relação ao filho, enquanto acumula um rol de agressões e humilhações, comuns ao universo da prostituição. A narrativa se constrói em distintos planos temporais e espaciais, que se atravessam e se redimensionam no jogo cênico. Os diálogos, crus e rasgantes, escancaram a face sombria e dolorosa de um submundo sem ilusões, um mundaréu pintado por cores destoantes e um determinismo do qual é impossível sair. 

“A escolha do texto se deu pela fria e seca representação do submundo que, imediatamente, chamou a atenção do grupo. A partir disso, começamos os trabalhos para a realização do projeto e, com a adaptação feita por Alexandre Ribondi, iniciaram-se os ensaios do espetáculo Mundaréu”. Cita Alice Stefania, diretora do espetáculo. O grupo trabalha em um processo de construção e experimentação, utilizando como forma de concepção cênica, o teatro físico, proposta trazida pela diretora, por ter sua pesquisa voltada para tal modalidade estética.

Ambas as obras foram concebidas pelo autor em um crescente de violência, com desfechos em lances implacáveis, abordando um universo de prostituição e crimes permeados por uma série de humilhações, relações de poder e vinganças, sem pensar em meios e consequências. Sobre as personagens, a compulsão e a obsessão pela sobrevivência. Com diálogos crus e cores sombrias, os textos contam as histórias da vida de marginalizados, que foram esquecidos socialmente.

Plínio Marcos, “o profeta do apocalipse atual”, como diz Ilka Zanotto, foi engajado politicamente e teve intensa participação política, social e cultural no país. Seus textos se destacam pelo protesto e denúncias às formas da organização social. O espetáculo, preservando a poesia do dramaturgo, abre diálogo sobre temas importantes, atualmente muito discutidos. Os personagens representam usuários de crack, alcoólatras, traficantes, doentes, mães precoces, adolescentes esquecidos nas prisões, prostitutas e meninos de rua, esses que só se tornam visíveis, na destruição: quando agridem, roubam, traficam e matam.

A proposta é buscar, através do teatro, uma forma de interferir na mudança, é expressar e comunicar algo que seja esteticamente bonito, denso, sensível e forte. Num país, que tem como uma de suas principais características, a pluralidade cultural, Plinio Marcos traz para seus romances a dinamicidade das várias etnias, credos, cores e linguagens, além de signos que atravessam a cultura popular brasileira. As personagens estão envolvidas nas adversidades sociais, mas possuem a riqueza de suas falas e expressões.

 

No espetáculo esses aspectos se condensam, na intenção de gerar o enriquecimento cultural, através da obra e do universo abordado pelo dramaturgo e abrir um zíper para esse lado de um Brasil cada vez mais em crise, o que tornam atemporais as temáticas ressaltadas por Plínio. É voltar um olhar para os habitantes de um mundo marcado por um determinismo de onde é impossível fugir.
 

Ficha Técnica:

Realização: Companhia Dois Tempos 
Textos: Plínio Marcos 
Adaptação: Alexandre Ribondi com colaboração do grupo 
Direção: Alice Stefânia 
Co-direção: Fernando Santana 
Elenco: Davi Maia, Helena Miranda, Jordana Mascarenhas, Miguel Peixoto e Thiago Ramos 
Direção Musical: Miguel Peixoto 
Músicos: Isabella Pina e Miguel Peixoto
Desenho de luz: Abaetê Queiroz e Ana Luísa Quintas 
Operação de luz: Ana Luísa Quintas e Ramon Lima 
Cenário e figurino: Guto Viscardi 
Coordenação de produção e idealização: Jordana Mascarenhas 
Produção executiva: Helena Miranda e Rafael Salmona
Assessoria de imprensa: Thiago Ramos 
Parceria: Grupo de Pesquisa Poéticas do Corpo 
Apoio: Departamento de Artes Cênicas - CEN/UnB
Fotografia: Thiago Barreto
SERVIÇOS

Local: FUNARTE
Endereço: -
Telefone do Local:
Data: de 18/09/2014 a 20/09/2014
Ponto(s) de Venda(s):
FUNARTE Brasília (Via Eixo Monumental, Lote II, Setor Divulgação Cultural)
Valor dos Ingressos:
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada)




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