Com as férias de verão, este é o momento para evitar os focos do inseto e verificar a casa antes de viajar, já que estimativas mostram que 90% dos focos de dengue estão localizados nas casas das pessoas. É o que alerta Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Pasteur. No ano passado, o Ministério da Saúde registrou cerca de 1,5 milhões de casos de dengue no país. Destes, 235 pessoas morreram em decorrência da doença.
De acordo com Rocha, é importante vedar bem todos os recipientes que possam acumular água, principalmente porque o verão é caracterizado por grandes temporais. A atenção deve ser redobrada com caixas d’água. “Ela deve estar completamente vedada e as calhas devem ser limpas. Se houver espaço, um pássaro não consegue passar, mas o mosquito pode deixar larvas”, lembra o médico.
Tonéis, baldes, galões, garrafas PET e de cerveja devem ser fechadas ou deixadas de cabeça para baixo. “O mosquito pode deixar larvas até em copos plásticos, garrafas de cerveja e copos da água deixados destampados. Eles são objetos em potencial para o surgimento de criadouros do mosquito”, reforça o infectologista. Rocha lembra que as bandejas de ar-condicionado e de geladeira devem ser deixadas sem água e limpas antes da viagem, assim como o vaso sanitário deve ser deixado fechado.
O especialista alerta que, para quem tem piscina, deve cobri-la com lonas bem esticadas. Vasos de plantas devem ser preenchidos com areia até a borda e deixados sem excesso de água. Pneus também devem ser cobertos. Por fim, Rocha afirma que ralos externos, canaletas para drenagem da água da chuva e fossos de elevador devem ser tampados e, se possível com telas, já que também podem ser potenciais criadouros do mosquito.
Cuidados durante a viagem
Para quem vai passar as férias em regiões com casos mais graves de dengue, o médico lembra que um viajante bem orientado pode evitar muita dor de cabeça. “Bastam medidas preventivas contra a picada do mosquito já que, apesar da perspectiva para os próximos anos, não há no momento vacina disponível contra a dengue”, diz.
As principais precauções são o uso de roupas compridas que cubram a maior parte do corpo, uso de repelentes sobre a pele que contenham DEET em concentração adequada para idade e a identificação precoce dos sintomas inicias da doença como febre alta, dor severa e vermelhidão pelo corpo, vômitos e dor de cabeça.
“Importante ressaltar que apenas uma consulta com um especialista poderá estabelecer com maior precisão todos os cuidados necessários para cada destino e cada viajante”, afirma Rocha.
Em 12/01/2015
Editado por: Luiz Carlos Gomes - Brasília Web