A Província do Grão-Pará (atual estado do Pará), por estar distante do centro decisório do poder, instalado no Rio de Janeiro, e manter, desde a época colonial, relações comerciais mais fortes com Lisboa, foi considerada politicamente irrelevante no processo de independência do Brasil. Somente em 15 de agosto de 1823 a província aderiu ao movimento de independência, quando os paraenses nativos foram mobilizados para expulsar todos os que não aceitavam a emancipação política do Brasil. A adesão ao projeto de independência do Brasil não resultou em mudanças substanciais na vida dos paraenses. O sentimento geral era de decepção, principalmente entre os nascidos na terra. Isso gerou grandes conflitos.
A Cabanagem é desconhecido da maioria dos brasileiros, uma vez que a história oficial costuma mostrar grandes acontecimentos históricos protagonizados por heróis nacionais, esquecendo-se da participação de segmentos populares da sociedade. A Cabanagem foi o único movimento em que as massas populares alcançaram o poder, por mais de um ano, e foi uma das guerras mais sangrentas da história do Brasil, que matou mais de 40 % da população da província. O nome Cabanagem tem origem na palavra “cabanos”, que remete ao tipo de habitação utilizada pela maioria da população da época – uma espécie de cabana coberta com palha –, e também aos habitantes pobres, constituídos por indígenas, mestiços e caboclos, que moravam nestes lugares às margens dos rios daquela região e que lutaram no movimento. As imagens fazem parte do acervo do Museu de Artes de Belém, do Museu do Estado do Pará e da Assembleia Legislativa do Pará, além do Instituto Moreira Sales e da Biblioteca Nacional.
Serviço:
Exposição: Nas Trilhas da Cabanagem (1835 – 1840)
Local: Corredor de Acesso ao Plenário Ulysses Guimarães
Período: 22 de setembro a 21 de outubro de 2015, de 9h às 17h
Visitação: todos os dias da semana e aos finais de semana
Fonte: Imprensa Centro Cultural Câmara dos Deputados/SECOM