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Consumo de tabaco no mundo diminui, mas cigarro eletrônico preocupa
Publicado em: 29/05/2019 por Imprensa Anchieta - Hospital Anchieta

Consumo de tabaco no mundo diminui, mas cigarro eletrônico preocupa

A OMS quer reduzir 30% do tabagismo até 2025, porém o aumento do dispositivo eletrônico entre os jovens aponta que redução será menor

   

O Dia 31 de Maio é reservado para lembrar a importância de combater o Tabagismo e das complicações que o ato de fumar pode trazer à saúde. O tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o 34º lugar no ranking da Instituição, com um índice de 14% da população fumante, dentre 149 países.

O relatório da OMS Global Report on Trends in Prevalence of Tobacco Smoking 2000-2025 mostra que, em todo o mundo, 27% das pessoas fumaram tabaco em 2000. Já em 2016, esse número baixou para 20%. Mesmo com a aparente redução, há 1,1 bilhão de fumantes adultos no planeta, mesmo número registrado em 2000, e se deve ao crescimento populacional, mesmo que as taxas tenham diminuído.

Entre as estatísticas, o crescimento no uso de derivados de tabaco como os cigarros eletrônicos, chama atenção dos especialistas. Há pelo menos 367 milhões de usuários no mundo e a preocupação é que esses produtos sejam uma porta de entrada para a dependência da nicotina, especialmente entre os jovens. “Os dados sobre a segurança do cigarro eletrônico são limitados até o momento e não permitem afirmar que sejam efetivos. Além disso, os usuários, frequentemente, associam o cigarro eletrônico com o convencional, prolongando a dependência de nicotina. Há também o uso crescente entre adolescentes, o que gera preocupação”, afirma o pneumologista do Hospital Anchieta, Dr. Daniel Heyden Boczar.

Nos Estados Unidos, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país, o consumo de cigarro eletrônico aumentou 78% entre estudantes de ensino médio e de 48% entre universitários. Em 2018, 3,6 milhões de estudantes de ensino médio e universidades usaram cigarros eletrônicos em comparação com 2,1 milhões em 2017. Além disso, a experimentação de cigarros eletrônicos entre os adolescentes está aumentando, de 2008 a 2012 o uso nessa faixa etária dobrou.

A OMS tenta combater o tabagismo, mas o ritmo de redução da demanda por tabaco e o número de mortes e doenças relacionadas ao seu consumo está lento em relação aos compromissos globais e nacionais de reduzir 30% do uso até 2025 entre pessoas com 15 anos ou mais. Com a continuidade da tendência de consumo entre os jovens, o mundo alcançará apenas uma redução de 22% até 2025.

O tabagismo é considerado uma doença pela OMS, e uma das principais causas de mortes passíveis de prevenção. O Brasil tem avançado no controle do tabaco com a Lei AntiFumo, que estabelece ambientes fechados de uso coletivo 100% livres do tabaco e acaba com os fumódromos. ”O número de fumantes caiu nos últimos anos. Estudos recentes demonstram queda de 28% nos últimos oito anos e em 2013 a prevalência caiu para 11,3%, dado três vezes menor quando comparado a 1989”, acrescenta Dr. Daniel Heyden Boczar.

No ano passado, a OMS se uniu à Federação Mundial do Coração para alertar sobre os riscos que o cigarro traz ao funcionamento do sistema cardiovascular, que conta com mais de 17,9 milhões de mortes por ano, sendo 44% por patologias crônicas. Além disso, o consumo de tabaco e o “fumo passivo”, a exposição a fumaça, estão entre as principais causas de problemas cardiovasculares e já registram cerca de 3 milhões de óbitos por ano.

Mesmo com todas as informações e campanhas, pesquisas científicas apontam uma grave falta de entendimento do público sobre os múltiplos perigos de saúde associados ao cigarro.

Tratamento para combater o tabagismo

Conseguir parar de fumar não é fácil e é preciso ajuda e apoio para lidar com a abstinência da nicotina. Existem grupos de cessação do tabagismo, que consistem na abordagem multidisciplinar, como peça fundamental para o tratamento cognitivo-comportamental. No Distrito Federal estes grupos são realizados em empresas, em centros de saúde e hospitais, com o suporte da Secretaria de Saúde do DF.

Há também uso de medicação associada a essas reuniões de grupo. “O tratamento do tabagismo é baseado em medidas cognitivo-comportamentais que permitem transmitir ao fumante os conhecimentos necessários e estratégias para modificar seu comportamento. Além disso, existe o tratamento medicamentoso. É importante salientar que as medicações são parte do tratamento e é necessário, primeiramente, que o paciente manifeste o desejo de parar de fumar. Sem isso o tratamento perderá em efetividade”, explica o pneumologista do Hospital Anchieta.

Benefícios ao parar de fumar

- Diminuição do risco de doença cardíaca, enfisema e câncer de pulmão
- Esperança de vida aumentada de cinco a oito anos
- Redução da despesa com cigarros e com tratamento de doenças ligadas.
- Diminui o envelhecimento precoce 
- Clareamento dos dentes e pontas dos dedos
- Melhora da resistência física para exercícios e qualidade de vida
- Sensação de bem-estar e certeza de ter conquistado algo importante para si

O que são cigarros eletrônicos

“O cigarro eletrônico é um dispositivo que imita as formas tradicionais de utilização do cigarro e fornece aos usuários doses de nicotina e outros aditivos em aerossol. Em alguns países existem versões sem nicotina”, explica o pneumologista.

Diferente do cigarro tradicional, ele não queima tabaco, o que produz milhares de substâncias tóxicas, como o monóxido de carbono (fator de risco para infarto) e os alcaloides do alcatrão (agentes cancerígenos). No cigarro eletrônico, os aditivos são aquecidos, podendo chegar até 360° de temperatura, saem em forma de vapor e são aspirados pelo usuário.

Há diversos registros de acidentes provocados por explosões dos dispositivos. De acordo com um estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, pesquisadores estimam que cerca de 2 mil ocorrências do tipo tenham sido registradas em hospitais americanos de 2015 a 2017.

O que a Anvisa diz sobre os cigarros eletrônicos

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda não existem pesquisas conclusivas que comprovem a ajuda do cigarro eletrônico no combate ao tabagismo e nem a segurança na utilização dos dispositivos.

Um estudo publicado recentemente no periódico New England Journal of Medicine, mostra que os cigarros eletrônicos são mais eficazes no processo de cessar o tabaco, quando comparado a produtos de reposição de nicotina, como adesivos e chicletes. Associando o processo a terapia comportamental, a taxa de sucesso pode chegar a 18%.

Outras pesquisam apontam que o dispositivo pode fazer mal à saúde, em especial ao coração e ao pulmão, mas também à bexiga e ao estômago - mesmo se usado por pouco tempo (dois ou três meses).
 

Em 29/05/2019
O tabagismo é considerado uma doença pela OMS, e uma das principais causas de mortes que pode ser prevenida. Foto: Divulgação


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