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30/01/2017 De 15 de fevereiro a 13 de março de 2017 no cinema do CCBB Brasília. A mostra "A vida lá fora: O cinema de Jean Renoir" chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Brasília de 15 de fevereiro e 13 de março de 2017. A obra de Jean Renoir ganha quatro semanas de uma rica programação sob curadoria de Júlio Bezerra. Trata-se da preciosa oportunidade de conferir uma retrospectiva dedicada, não somente a exibir as grandes obras deste cineasta superlativo, mas interessada também em ampliar e promover a discussão em torno do cinema de Jean Renoir. O público vai conferir trinta filmes dirigidos pelo cineasta e mais dois documentários sobre sua vida e obra. Dezesseis títulos serão exibidos em película (35mm) e o restante dos filmes varia entre os formatos de DVD e Blu-Ray. A mostra ainda conta com um catálogo, a realização de um debate com tradução em Libras e entrada gratuita, uma sessão para cegos e surdos e um curso intensivo gratuito em cada uma das praças do Centro Cultural Banco do Brasil, a saber: CCBB São Paulo (01 a 27 de fevereiro), Brasília (15/02 a 13/03) e Rio de Janeiro (01 a 27 de março). "O maior cineasta do mundo? Pra mim, ele é francês e se chama Jean Renoir". Declarou ninguém menos que Charles Chaplin. Filho do pintor Auguste Renoir, Jean imprimiu uma sensibilidade visual e um apreço pela vida, tal como ela é vivida, digna de seu pai. “Detentor de uma enorme variedade de aventuras cinematográficas, entre os primeiros experimentos com a vanguarda, os grandes e os pequenos orçamentos, entre o realismo, o cinema moderno e Hollywood. Sua carreira é tão longa e variada, estabelece um leque tão amplo de inovações estético-narrativas, impõe tamanhos desafios críticos-analíticos.” Revela o curador Júlio Bezerra. “Sem Renoir, o cinema teria sido outra coisa. Filho do pintor Auguste Renoir, Jean namorou com a vanguarda e com a indústria, passou por Hollywood e filmou na Índia. Teve pequenos e grandes orçamentos, conheceu o sucesso, o fracasso e a desgraça.” Conta o curador. “Jean Renoir é para muitos o maior cineasta de todos os tempos. Do namoro com a vanguarda aos experimentos televisivos, do realismo social à passagem por Hollywood, Renoir é certamente um dos cineastas mais inventivos e influentes da história do cinema. Nome basilar para o que se veio chamar mais tarde de Cinema Moderno, Renoir usava o plano-sequência como poucos, conseguia extrair de seus atores raras interpretações, imprimia uma sensibilidade e uma "honestidade" muito particular. De Chaplin a Godard, de Pauline Kael a André Bazin, de Glauber Rocha a François Truffaut, Renoir é afeito aos superlativos.” Convida Júlio Bezerra. "A vida lá fora: O cinema de Jean Renoir " é uma retrospectiva de um dos cineastas mais importantes da história. A mostra proporciona uma oportunidade rara de ver os filmes de Renoir em película, na melhor qualidade possível, e a preços simbólicos. Sobre o debate: Data: 2 de março (quinta) às 20 horas O debate vai reunir os professores Pablo Gonçalo (Brasília), Filipe Furtado (São Paulo) e Júlio Bezerra (Rio de Janeiro) no dia 2 de março (quinta) às 20 horas, com entrada gratuita e tradução em Libras. O debate atravessa as diversas fases da carreira de Jean Renoir, do cinema mudo a Hollywood, do realismo social a Índia, do sucesso à redenção, passando pela desgraça. Os palestrantes tratam das principais características do estilo do mestre francês e alguns de seus filmes mais importantes, sublinhando sua enorme influência naquilo que chamamos de cinema moderno. Os participantes devem pegar as senhas (distribuídas uma hora antes do início) na Bilheteria do CCBB. Sujeito à lotação. Sobre o curso: Datas: 6, 8 e 10 de março (segunda, quarta e sexta), sempre às 14 horas O curso é aberto a todos os interessados, com inscrições gratuitas. Os participantes ganharão um catálogo. Os professores percorrerão toda a rica trajetória do cineasta, atravessando algumas das questões que tornaram seu cinema famoso: realismo, relativismo, personagens e atores. Inscrição: Será feita através do e-mail jeanrenoirccbb@gmail.com Professores: Pablo Gonçalo (Brasília) É professor de cinema e audiovisual da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, UNILA. Possui doutorado pela UFRJ e pela Universidade Livre de Berlim. É autor do livro O cinema como refúgio da escrita: roteiros e paisagens em Peter Handke e Wim Wenders (Annablume, 2016) e colabora periodicamente com críticas como redator da revista Cinética. Filipe Furtado (São Paulo) É editor da revista Cinética e ex-editor de Paisà. Colaborou com espaços como Contracampo, Filme Cultura, Teorema, Cine Imperfeito, La Furia Umana, The Film Journal e Rouge. Mantém o blog "Anotações de um Cinéfilo". João Luiz Vieira e Aída Marques (Rio de Janeiro) Doutor em Cinema Studies - New York University (1984), com bolsa Fulbright e CNPq. Pós-doutor com bolsa CAPES no Department of Film and Television Studies da Universidade de Warwick, Inglaterra (1997). É professor do Departamento de Cinema e Vídeo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense. Autor de inúmeros textos, críticas, ensaios e livros publicados no Brasil e no exterior como D.W.Griffith and the Biograph Company (1984), Cinema Novo & Beyond (NY: MoMA, 1998) e Câmera-faca: o cinema de Sérgio Bianchi (Portugal, 2004). É professora do curso de cinema da Universidade Federal Fluminense, com mestrado em Comunicação na ECO-UFRJ e doutorado em Cinema na ECA-USP. É a montadora de mais de 40 filmes, tendo ainda prestado serviço ou desenvolvido projetos para a TV Globo, TV Educativa e televisões canadense, norueguesa e francesa. Autora do livro Idéias em movimento (Artemídia, 2007). Sessão inclusiva: Data: 12 de março (domingo) às 16:00 A mostra promove uma sessão para surdos e cegos. O filme “Amor à terra” será exibido em Closed Caption + Audiodescrição no domingo (12 de março) às 16:00. Sobre o curador Júlio Bezerra: Júlio Bezerra realiza pesquisa de pós-doutorado na ECO-UFRJ. Autor de Documentário e Jornalismo: Propostas para uma cartografia plural(Garamond, 2014), fez pós-doutorado na Columbia University. É crítico de cinema e jornalista, tendo colaborado com uma ampla variedade de publicações: Bravo, Cinética, Programa etc. Assinou a curadoria das retrospectivas de Abel Ferrara (CCBB, 2012) e Samuel Fuller (CCBB, 2013). Produziu e dirigiu a série “Esquinas” (Canal Brasil) e dirigiu o curta E agora? (2014). Programação completa: Todos os filmes têm a classificação indicativa de 12 anos 15 de fevereiro (quarta): 18:00 - A Mulher desejada (71´) - DVD 16 de fevereiro (quinta): 16:00 - Madame Bovary (101´) - DVD 17 de fevereiro (sexta): 16:00 - Jean Renoir, o Patrão - 1º Parte - Em busca do relativo (94´) - Blu-Ray 18 de fevereiro (sábado): 14:30 - Boudu, salvo das águas (85´) - Blu-Ray 19 de fevereiro (domingo): 15:00 - Jean Renoir - Parte 1 e 2 (120´) - DVD 20 de fevereiro (segunda): 18:00 - A filha da água (89´) - DVD 22 de fevereiro (quarta): 15:00 - Nana (150´) - DVD 23 de fevereiro (quinta): 15:00 - Tire-au-flanc (83´) - 35mm 24 de fevereiro (sexta): 16:30 - La vie est à nous (66´) - DVD 25 de fevereiro (sábado): 14:30 - Esta terra é minha (103´) - 35mm 1 de março (quarta): 18:00 - O testamento do Dr. Cordelier (95´) - DVD 2 de março (quinta): 15:00 - Jean Renoir - Parte 1 e 2 (120´) - DVD 3 de março (sexta): 16:00 - O testamento do Dr. Cordelier (95´) - DVD 4 de março (sábado): 14:30 - Madame Bovary (101´) - DVD 5 de março (domingo): 14:30 - Charleston + A pequena vendedora de fósforos + On purge bébé (98´) - 35mm + DVD + Blu-Ray 6 de março (segunda): 14:00 - Curso aula 1 (90´) 8 de março (quarta): 14:00 - Curso aula 2 (90´) 9 de março (quinta): 16:00 - A carruagem de ouro (103´) - Blu-Ray 10 de março (sexta): 14:00 - Curso aula 3 (90´) 11 de março (sábado): 14:00 - Jean Renoir - Parte 1 e 2 (120´) - DVD 12 de março (domingo): 14:00 - Le déjeuner sur l'herbe (91´) - DVD 13 de março (segunda): 16:00 - Nana (150´) - DVD Sinopses: A filha da água (La fille de l'eau) Direção: Jean Renoir O filme se passa no final do século XIX. Virginia Rosaert é uma jovem que perde o violento pai em um acidente e passa a depender de seus próprios recursos para poder sobreviver. Nana Direção: Jean Renoir Durante o Segundo Império, na França, Nana, estrela de teatro, atua em peças leves, vistas sobretudo pelos burgueses parisienses. Ela se torna uma cortesã rica e adorada graças ao sucesso com os homens e então decide sair do ramo artístico e dedicar-se ao seu próprio entretenimento. Charleston (Sur un air de Charleston) Direção: Jean Renoir Em 2028, um explorador africano viaja para uma Paris pós-apocalíptica onde encontra uma garota branca nativa que lhe ensina o Charleston. Ele acredita que ela seja uma selvagem e que a dança é um ritual que ela executa antes de comê-lo, literalmente. O filme é cheio de toques surreais. A pequena vendedora de fósforos (La petite marchande d'allumettes) Direção: Jean Renoir e Jean Tedesco Jean Renoir faz uma adaptação livre e poética do famoso conto homônimo de Hans Christian Andersen, no qual uma pequena garotinha, no período de fim de ano numa cidade assolada por intenso nevoeiro, tem que lutar contra a neve, a fome, a miséria e a indiferença das pessoas ao seu redor para conseguir sobreviver. Tire-au-flanc Direção: Jean Renoir Jean é um poeta e a iminência de sua incorporação no exército não o traz nenhuma graça. A coisa se torna ainda mais desagradável quando descobre que seu empregado Joseph irá servir junto com ele. On purge bébé Direção: Jean Renoir O Sr. Follavoine, inventor do primeiro urinol de porcelana inquebrável, convida um funcionário público o Sr. Chouilloux, para almoçar em sua casa com o objetivo de assinar um contrato de venda para o exército francês. Ao mesmo tempo, sua esposa, Julie Follavoine, tenta em vão dar um purgante ao filho, Toto. A cadela (La chienne) Direção: Jean Renoir Infeliz no casamento, Maurice Legrand se apaixona pela jovem Lulu, uma prostituta, de quem se torna amante. Porém, ela só aceita o relacionamento pelo dinheiro de Maurice, já que está envolvida com o gigolô Dede. Boudu, salvo das águas (Boudu sauvé des eaux) Direção: Jean Renoir Boudu é um vagabundo de rua que se joga no rio Sena mas acaba resgatado por Lestingois, um cavalheiro que lhe dá abrigo. Mesmo com tal hospitalidade, Boudu continua preguiçoso, sujo e sendo um mau hóspede. Madame Bovary Direção: Jean Renoir França, século XIX. Emma Bovary, filha de um camponês, casa-se com um médico da região, visando ascender socialmente. Ávida leitora de romances sentimentais, ela se frustra com a mediocridade do marido e com a monotonia da vida conjugal e da sociedade interiorana. Como fuga dessa realidade, passa a ter vários amantes. Toni Direção: Jean Renoir Na década de 1920, a região de Provence é um atrai grande número de imigrantes à procura de trabalho nas pedreiras ou na agricultura. Muitos se misturam com os habitantes locais e se estabelecem permanentemente. É o caso de Toni, um italiano que se mudou com Marie, uma francesa. O crime de monsieur Lange (Le crime de monsieur Lange) Direção: Jean Renoir Os funcionários de uma editora assumem o comando do negócio quando o dono foge com todo o dinheiro da empresa. La vie est à nous Direção: Jean Renoir, Jean-Paul Le Chanois (J.-P. Dreyfus), Jacques Becker, Jacques Brunius, André Zwobada, Henri Cartier Bresson, Pierre Unik e Maurice Lime Rodado sob a iniciativa do Partido Comunista francês em meio à campanha eleitoral da Frete Popular, o filme reúne passagens documentais e cenas ficcionais com a intenção de nos mostrar a realidade do cotidiano da classe trabalhadora e da burguesia. Um dia no campo (Une partie de campagne) Direção: Jean Renoir No final do século XIX os membros de uma família burguesa vão passar um dia no campo. Lá, Henriette e sua mãe decidem ficar mais em contato com a natureza e optam por fazer um piquenique às margens do Rio Marne. Elas avistam dois jovens moradores camponeses e logo vislumbram a possibilidade de uma aventura com eles. O submundo (Les bas-fonds) Direção: Jean Renoir O filme se passa em uma pensão barata de Paris, onde vivem os personagens centrais, um ladrão e um ex-nobre, agora reduzido à pobreza por seu vício no jogo. Em um mundo de miséria, corrupção e charlatanice, O submundo consegue mostrar a possibilidade do amor, da compaixão e da poesia. A grande ilusão (La grande illusion) Direção: Jean Renoir Durante a Primeira Guerra Mundial, dois soldados franceses são capturados pelas tropas alemãs. O Capitão Boeldieu é um aristocrata enquanto o Tenente Marechal era um simples mecânico. Eles tentam fugir diversas vezes e acabam sendo separados. Boeldieu acaba fazendo amizade com um oficial alemão chamado Van Rauffenstein, também de origem aristocrática. Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=45314&canal=14&s=86&ss=0 |
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