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O que é o movimento FIRE e como aderir?

06/06/2019

A ideia do FIRE, surgido no início dos anos 2000, é proporcionar aos jovens trabalhadores a oportunidade de largar os empregos maçantes e entediantes o quanto antes, e aproveitar uma vida mais leve e menos consumista.

Um movimento da nova geração ou um novo estilo de vida. É assim que podemos começar a explicar o conceito de FIRE. O Financial Independence, Retire Early, traduzido como “independência financeira, aposentadoria cedo”. O conceito propõe, assim como o nome indica, a independência financeira e possibilidade de aposentadoria precoce para jovens de qualquer parte do mundo, que estejam trabalhando no momento.

A ideia do FIRE, surgido no início dos anos 2000, é proporcionar aos jovens trabalhadores a oportunidade de largar os empregos maçantes e entediantes o quanto antes, e aproveitar uma vida mais leve e menos consumista. Tudo isso sem precisar esperar a tradicional aposentadoria aos 60 anos de idade, ou mais. Com o FIRE, é possível alcançar isso aos 40 anos.

O movimento é bastante forte principalmente entre homens, millenials, da área de tecnologia. Em geral são pessoas insatisfeitas com o modelo tradicional de mercado, que envolve estudar para ter uma carreira bem-sucedida, trabalhar bastante e por fim, morrer. Há muito desgaste do trabalhador, além de excesso de consumo, e pouco proveito. A filosofia do FIRE caminha contra o modelo capitalista atual, e vai além de apenas parar de trabalhar cedo, e sim de realmente aproveitar o que realmente importa, que é mais do que bens materiais e de consumo.

Como é possível tornar o FIRE realidade?

Um dos pilares do movimento é o planejamento. Para alcançar a sonhada aposentadoria precoce, é necessário planejar e muito. Cada detalhe precisa ser pensado, o quanto é necessário economizar por mês ou por ano, e claro, quais os planos que vão ser alcançados.

Outro ponto importante, que também faz parte das bases do FIRE, é a conscientização do processo. É essencial que o indivíduo entenda que, para alcançar o nível de liberdade e privilégio que o movimento propõe, é necessário fazer alguns sacrifícios. Esses sacrifícios envolvem muitas vezes reduzir o padrão de vida e consumo atual, cortando tudo que não é extremamente necessário, para aumentar economia para o futuro.

Muito dessa filosofia vai de encontro ao movimento minimalista, que também prega sobre o consumo consciente, apenas do que é necessário, no entanto, com foco em sustentabilidade e redução, e não em aposentadoria mais cedo. De qualquer forma, são movimentos que falam sobre aproveitar mais a vida e sua essência.

O movimento já tem muitos adeptos e casos bem-sucedidos. Mas os grupos que são contra a ideia reforçam dos males que a aposentadoria precoce pode causar para a economia. A perda de mão de obra no auge de sua capacidade produtiva reduz consideravelmente as possibilidades de uma economia crescente.

Outro perigo apontado pelos críticos é a experiência no processo. A pessoa pode se concentrar tanto em juntar para o futuro, que não aproveita ou vive o presente. Como não há garantias do futuro para ninguém, o ideal é que haja um equilíbrio entre os dois para quem quer se juntar ao movimento: aproveitar também o hoje, e conseguir focar e poupar para o amanhã.

Fonte: Luís Cunha - The Media Folk

Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=46983&canal=2&s=14&ss=0